segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Estatuto da Igualdade Racial



Ir. Maicon Donizete Andrade Silva, FMS

A caminhada do povo negro no Brasil historicamente foi e continua sendo marcada por três elementos fundantes: luta, resistência e esperança.

A luta remete-nos aos antepassados que enfrentaram as durezas da escravidão, lutaram bravamente e tombaram pela conquista de sua liberdade. Essa é a mesma luta que hoje anima o caminhar do povo afrobrasileiro hoje.

A resistência foi a sua forma de luta de se fez pelo não abaixar a cabeça frente à opressão dos grandes, mas constituiu-se desde a chegada do primeiro negro no Brasil e se faz como eixo motivador na vida do povo negro em nosso tempo.

A esperança é a virtude que permite ao negro manter-se de pé e com os olhos levantados. É ela que o faz acreditar em um novo tempo no qual será respeitado nos valores de sua dignidade enquanto negro.

A consciência de sua identidade é força que é animada pelo axé de suas raízes. Assim se faz a caminhada do povo negro em nosso Brasil: um povo que luta, resiste, caminha na fé e na esperança de um novo tempo; um povo que se deixa mover pelo força do axé da grande festa da vida que nasce e renasce a cada dia.

O Estatuto da Igualdade Racial aponta-nos um novo Kairós na caminhada do povo afrobrasileiro. É tempo de celebrar nossas conquistas com essa nova lei que sustenta, fundamenta e cria condições para a promoção da igualdade racial em diversas questões, como educação, saúde, terras quilombolas, justiça, segurança, cultura, entre outros. O mesmo foi sancionado pelo presidente Lula no dia 20 de 2010 e entrou em vigor 20 de outubro.

Agora é hora de efetivar aquilo que a lei nos assegura e continuar a caminhada de luta, resistência e esperança em um novo tempo para o povo afrodescendente.


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